terça-feira, 5 de novembro de 2013

AS TABERNAS



                                            

                                          AS TABERNAS

Eram as tabernas ou tascas um dos pontos de encontro favoritos  dos rurais alentejanos.
Aí conversavam, bebiam uns copos, jogavam ao dominó, o chito, o burro e a bisca lambida e, até por vezes se embebedavam, sob o olhar discreto mas sempre atento do taberneiro.
Juntavam-se dois, três, quatro ou mais homens, mandavam encher um copo para cada um, bebiam-







no e um deles pagava a «rodada».Tinham que beber tantas rodadas quantos os do grupo, acabando, no fim de contas, por cada um pagar aquilo que bebia.
É assim o homem do Alentejo, simples e honesto, amigo de confraternizar. Nos dias das «sortes», quando os mancebos iam à inspecção para a vida militar, no regresso, e felizes por terem sido «apurados» iam em grupo, de taberna em taberna, acompanhados de um tocador de acordeon, festejar o acontecimento que os enchia de alegria.


Nas mãos, uns levavam e tocavam a «pandeireta» e outros os «ferrinhos»; na lapela do casaco, uma fita vermelha,sinal evidente de que iriam «à tropa» e, detràs da orelha, quase sempre, um ramo de mangerico,
Era para eles dia de grande festa e também para o taberneiro, pois alem de fazer muito mais negócio, sempre se divertia.
Os anos passaram, os costumes evoluiram , começaram a desaparecer as tabernas que deram lugar aos seus irmãos «mais finos»- os cafés.
Do livro:- MOTIVOS ALENTEJANOS de João Ribeirinho Leal
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UM AMIGO......................

UMA BOA CONVERSA......... E
UMA "RODADA PARA TODOS"

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